Sou que nem o Sebastião Salgado.
Gosto de pobre.
Bom, ok, na verdade eu gosto mesmo é da classe média baixa. Aquelas famílias sofridinhas, carro velho que sempre dá problema, pai e mãe que provavelmente não foram à universidade nem viajaram para fora do país, mas que formam um núcleo familiar estruturado o suficiente para criar os filhos –pai presente, ninguém passa fome, todo mundo toma banho, ninguém tem parente na cadeia etc.
Se você é um filho da classe média baixa e não for um idiota –muitos são–, o mundo é um campo aberto. Vá à universidade e você terá mais instrução do que qualquer um na sua casa. O passo seguinte, trabalhar, significará uma incremento inacreditável de renda.
Você verá que dinheiro é bom e não vai querer parar. O primeiro carro, a primeira viagem à Europa, o primeiro jantar em lugar mais caro, o primeiro apartamentinho.